sexta-feira, 10 de abril de 2009

Um passeio visual pela Rua Fonte da Saudade

PUC-Rio / Departamento de Artes & Design
Análise Gráfica / 2005.1
Prof. Edna Lúcia Cunha Lima
Alunos(as): Mary Court

Como foram exterminados os índios tamoios que viviam às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas ?

Já houve uma lei que isentava de impostos quem erguesse engenhos de cana no Brasil. Isto porque, naquela época, o açúcar constituía mercadoria preciosa, servindo inclusive para ativar o comércio internacional. Os engenhos precisavam de muitas terras e essas eram, na grande maioria, ocupadas pelos índios.
Entre 1575 e 1578 o Rio de Janeiro foi governado por Antônio Salema, um jurista, formado em Coimbra, que tinha como principal característica, odiar os índios Tamoios. Salema pretendia instalar um engenho de cana nas margens da atual Lagoa Rodrigo de Freitas. Como estas terras eram ocupadas pelos Tamoios, Salema usou um método traiçoeiro para exterminá-los: espalhou pelas margens, roupas que haviam sido usadas por doentes de varíola. Os índios decidiram vesti-las e se contaminaram. Acabaram mortos. 
Engenho D'El Rei foi construído onde hoje funciona o Centro de Recepção aos Visitantes do Jardim Botânico. Os vários nomes da Lagoa Rodrigo de Freitas além de Lagoa Piraguá (água parada) ou Sacopenapan (caminho dos socós), chamaram-na também de Lagoa de Amorim Soares

O vereador Amorim Soares foi expulso da cidade em 1609.Ele havia comprado o Engenho D'El Rei do Governador Salema. Com a expulsão, tratou de vender as terras para seu genro, Sebastião Fagundes Varela, que comprou e invadiu os terrenos vizinhos e onze anos depois já era dono de todas as terras da região, até o Leblon.
Mais tarde, a viúva de Varela, Petronilha, de 50 anos, casou-se com Rodrigo de Freitas, de apenas 18 anos, dando seu nome à lagoa. Rodrigo de Freitas morreu em Portugal em 12 de julho de 1748. Hoje, passados 250 anos, continuamos a chamá-la de Rodrigo de Freitas, mas pouca gente conhece essa história que acabei de contar.
Mestre Bernardo, arrendou por nove anos 100 braças de terras que estavam devolutas, por carta de 19 de dezembro de 1612. Eram no fim da "praia da Lagoa", onde viveu Baltazar de Azevedo, até junto ao morro da "Saudade", vindo da Lagoa para a cidade. É onde hoje existe a região denominada "Fonte da Saudade". A "Fonte da Saudade" era assim chamada porque no princípio do século XIX alí lavavam roupa lavadeiras portuguesas, que cantavam fados relembrando com saudades a terra distante.
Nesta fonte se bebia uma água mágica... A magia da fonte era tão forte que as pessoas diziam que aquele que tomasse de sua água, nunca mais esqueceria a pureza do lugar. O nome da fonte era Fonte da Saudade... Mesmo que a fonte tenha sido destruida e as águas da lagoa perderam sua magia e encanto, acredite, ainda temos a a chance de recuperar a vida dessas águas...

Conclusão
A Rua Fonte da Saudade é uma rua praticamente toda sua extensão sendo residencial, e muito pouco comercial. Isso se extende também pelo bairro onde ela se situa, a Lagoa, que também mantém essa característica.
Mesmo assim, a identidade visual da Rua atende a diversos tipos de design, coisa que eu não havia reparado antes de fazer esse trabalho. Ela contém um design bem simples, integrado com a paisagem a maioria das vezes, não muito atrativo aos olhos mas também não muito discreto.
O que achei mais interessante foi perceber que a arte do grafite está muito presente na Rua e contribui para um clima de alegria, com cores vibrantes e formas inusitadas, dando vida aos muros de escolas e casas.
A Rua Fonte da Saudade é uma rua muito arborizada e muito agradável e eu acho que o design aqui, contribui para que se mantenha esse clima agradável.

Bibliografia
www.rioantigo.com.br
fotolog.net/rioantigo
www.almacarioca.com.br

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